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Nescafé, o café solúvel da Nestlé que surgiu por causa do Brasil
Historia de sucesso da Nestlé
Em 1867, o alemão Henri Nestlé inventou a primeira fórmula de alimento infantil, chamada por ele de Farinha Láctea. Sua maior aspiração era contribuir para solucionar o problema da desnutrição infantil. A Nestlé foi uma empresa inovadora neste mercado, cresceu desde então, desenvolvendo muitos produtos em várias categorias e tornou-se, assim, a maior empresa do mundo em nutrição, saúde e bem-estar.
Café: O ouro preto do Brasil
O café foi o principal produto de exportação da economia brasileira durante o século XIX e o início do século XX. As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez em solo brasileiro, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará. A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.
A produção do café no Brasil expandiu-se a partir da Baixada Fluminense e do vale do rio Paraíba, que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A produção cafeeira beneficiou-se do clima e do solo propícios ao seu desenvolvimento. O fato de ser rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as zonas de mineração contribuiu também para a adoção da lavoura cafeeira, já que parte das terras estava desmatada, facilitando inicialmente a introdução das roças de café e beneficiando o escoamento da produção através das estradas existentes.
Em 1837, a produção cafeeira superou a produção açucareira, tornando o café o principal produto de exportação do Império, assim surgindo os grandes latifundiários produtores de café, os chamados “Barões do café”. O Brasil foi durante anos o maior produtor de café do mundo, é o produto passou a ser tão cobiçado sendo chamado de “Ouro Preto”, porém a partir de 1920, houve um excesso de produção do café e devido a tal fato, foram descartadas várias toneladas no oceano.
A crise econômica na Bolsa de Valores de Nova York em 1929
Tudo começou em 1929 com a crise econômica na Bolsa de Valores de Nova York, o Brasil tinha uma superprodução de café e fez os preços do produto no mercado internacional despencaram acentuadamente. O Brasil, então maior produtor de café da época, entrou em uma séria crise. Entre 1931 e 1938, foram destruídas nada menos que 71 milhões de sacas de café.
Diante de um quadro tão grave, membros do governo brasileiro solicitaram a Louis Dapples, então presidente da Nestlé, um estudo para o desenvolvimento de uma forma ou método para conservar um produto perecível como o café.
Uma das inspirações da Farinha Láctea por Henri Nestlé foi o surgimento do leite em pó inventado simultaneamente com o leite condensado pelo americano Gail Bordenem 1856, que os patenteou. Com isso, Borden resolveu o grande problema da deterioração do leite, que era transportado em barris de carvalho até os centros de consumo, com altíssima perda
Depois de sete anos de intensas pesquisas comandadas pelo químico Max Morgenthaler e sua equipe, a Nestlé desenvolveu um café que continha uma mistura de hidratos de carbono para manter o aroma e o gosto natural, obtendo assim um café solúvel, que bastava ser adicionado à água. Isso era uma novidade e ia contra os conceitos da época.
E a Nestlé resolveu bancar a aposta e o risco de um novo produto que mudaria hábitos. Criou então uma linha de produção de larga escala de extração de café e “secagem por pulverização” dos grãos para produzir o novo produto em sua fábrica na cidade suíça de Orbe. O novo produto foi introduzido primeiramente em fase de teste na Suíça no dia 1 de abril de 1938, e no ano seguinte foi lançado mundialmente como “extrato de café puro em pó” que retinha o sabor natural do café, mas podia ser preparado mediante a simples adição de água quente.
O primeiro café instantâneo do mercado foi batizado de Nescafé, junção das três primeiras letras do nome “Nestlé”, mais a palavra “Café”.
O grande sucesso do produto fez com que em pouco tempo fosse exportado para França, Reino Unido, Estados Unidos e, pouco depois, Espanha. Em abril de 1940 Nescafé já estava presente em mais de 30 países.
Expansão da marca na Segunda Guerra Mundial
No início, a eclosão da Segunda Guerra Mundial foi prejudicial à divulgação do produto que começava a ser distribuído na Europa, mas a sua comercialização nos Estados Unidos revelou-se essencial à expansão mundial da marca.
Em 1942, quando o exército americano começou a intervir em todas as partes do mundo, após o ataque japonês a Pearl Harbour, o Nescafé, pela facilidade de preparação, passou a fazer parte das cestas de suprimentos das forças armadas americanas. Um exemplo disso foi que mais de ¾ da produção mundial de Nescafé foi consumida na Suíça, Reino Unido e principalmente Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.
Nescafé após a Segunda Guerra Mundial
Nos Estados Unidos, após o fim do conflito bélico, a televisão apareceu como um meio de comunicação revolucionário, que passou a ampliar de uma maneira incrível os efeitos da publicidade. Nescafé aproveitou esta nova mídia para chegar a milhares de novos consumidores e, de uma hora para a outra, a demanda pelo produto explodiu, especialmente pela sua facilidade de preparo e seu prazo de validade, maior do que o café torrado.
Em 1961 as tradicionais latas marrons foram sendo gradualmente substituídas pelos famosos frascos de vidros com a tampa vermelha para preservar o frescor do café. Pouco depois, em 1966, com o desenvolvimento de novas tecnologias, a NESCAFÉ conseguiu com que seu produto conservasse todo o aroma original do café, utilizando para isso a desidratação por congelamento.
Em 1969, confirmou seu perfil como marca pioneira e inovadora ao se tornar o primeiro café a pousar na lua, desenvolvendo com a NASA um cardápio especial. Nele, o café solúvel garantia sabor e praticidade aos astronautas da Apollo 11.
A embalagem
Quando foi introduzido no mercado há mais de 80 anos, Nescafé era reconhecido por sua tradicional lata marrom (com a marca escrita em amarelo), que se tornou um ícone da marca.
Com o decorrer dos anos a lata foi substituída pelo tradicional pote de vidro com a tampa vermelha, introduzido em 1961. Depois a tampa passou a ser marrom. Esta embalagem foi apelidada de “brown jar”. Há anos atrás, a tradicional embalagem teve sua forma alterada, adotando curvas insinuantes, sendo moderna e prática de manusear.
Em 2014, essa embalagem ganhou um novo design para acompanhar a nova identidade gráfica da marca.
A marca Nescafé
A marca Nescafé passou por algumas modificações ao longo dos anos, adquirindo assim uma imagem mais contemporânea.
Até 1968 o logotipo mantinha, além do tradicional traço contínuo do N em cima, também em baixo. Nesse momento a tipografia de letra foi ligeiramente alterada.
Em 1983 a tipografia da letra foi novamente modificada, adotando um visual mais fino.
Em 1998, o logotipo ganhou um novo design para o acento: mais curvo.
Em 2014, para comemorar seus 76 anos de existência e conquistar o público jovem, NESCAFÉ decidiu investir na revitalização da marca. O principal objetivo foi redesenhar o logotipo e criar uma identidade visual unificada para a marca.
A nova identidade visual da marca apresenta uma tipografia arredondada e sem serifa, mas mantém as características originais da letra “N” e sua relação com o logotipo da Nestlé. A grande modernização foi modificar o acento agudo (agora em vermelho) tornando-o similar ao contorno da parte interna da alça das clássicas canecas vermelhas, símbolo com uma longa e positiva associação com Nescafé.
Nescafé Hoje
Os produtos da Nescafé podem ser encontrados em mais de 180 países ao redor do mundo, sendo a marca da Nestlé mais forte e valiosa.
A participação da marca no mercado mundial de café instantâneo é superior a 40%. A marca cujo faturamento anual é estimado em US$ 13 bilhões é líder de mercado ou referência em diversos países como Brasil, Espanha, México, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Portugal, entre outros.
Existem mais de 25 fábricas que produzem NESCAFÉ espalhadas por 14 países. Quase 5.500 xícaras do café são consumidas por segundo em todo o mundo, resultando em um total anual superior a 100 bilhões de xícaras, 20 bilhões somente nas máquinas automáticas, que estão instaladas em 550 mil pontos de consumo em todo o mundo, servindo 190 xícaras por segundo.
Hoje, o portfólio da marca inclui uma extensa linha de solúveis (cafés e cappuccinos), NESCAFÉ Dolce Gusto (sistema multibebidas para o preparo de bebidas com qualidade profissional dentro de casa) e as soluções de Nestlé Professional (alimentação fora do lar), com NESCAFÉ Alegria e NESCAFÉ Milano.
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