Nos anos 80 tínhamos uma grande “guerra dos guaranás”, o mercado era dividido entre o Guaraná Antarctica e Guaraná Brahma. Sim é estranho hoje pensar que tanto Brahma como Antarctica estavam em lados opostos e eram as grandes concorrentes do mercado de bebidas, em especial de cervejas e guaranás. Claro, que haviam vários concorrentes locais, a logística dos anos 80 permitia o surgimento dos refrigerantes locais, em especial guaranás, mas a Coca-Cola não queria ficar fora dessa disputa.

O Guaraná Taí surgiu a partir da fórmula criada em 1950, a marca foi lançada em agosto de 1979. Substitui, na época, a versão de Guaraná da Fanta, sendo parte de uma ação da The Coca-Cola Company para evitar ter marcas muito parecidas pudessem se canibalizar na preferência do consumidor.

Durante os anos em que foi o principal Guaraná da Coca-Cola, o Taí teve diferentes tamanhos, com versões em lata, garrafa de vidro de 300ml e 1L e a única que ainda é vendida, a garrafa PET de 2L. Em 1995, época que teve um relançamento e ganhou uma versão diet, tinha 3,3% da participação do mercado. O Guaraná Taí possuí um sabor muito parecido com o Guaraná Kuat, que também é produzido pela Coca-Cola e que assumiu o posto de principal Guaraná da Coca-Cola. Apesar da predominância do Kuat na maior parte dos estados brasileiros, o Taí ainda é encontrado, sobretudo em Minas Gerais, Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás. no sul do Rio de Janeiro e no interior e capital de São Paulo.

Já a campanha “Gostoso como um Beijo” de Guaraná Taí, foi lançada em 1982 pela agência de publicidade DPZ, fazia uma link a pré-adolescência e a descoberta do primeiro “amor” e o refrigerante (cheio de açúcar) que era doce e gostoso como um beijo. É um dos comerciais mais icônicos da década de 80, pois mexia com o emocional e quebrava barreiras a mostrar um beijo de “crianças”, mesmo que no rosto e ingênuo que marca essa fase da vida.